terça-feira, abril 19, 2011

Petro amansa Bravos do Maquis


Pedro Augusto - 18 de Abril, 2011
Tricolores humilham maquisardes no Estádio Nacional da Cidadela
Fotografia: kindala Manuel
Será aquele Petro Atlético de Luanda que vimos ontem, no estádio da Cidadela, a “massacrar” o FC Bravos do Maquis, que teremos até ao fim da presente época futebolística? A pergunta tem razão de ser. É que na partida de ontem à tarde, no encerramento da quinta jornada do Girabola, deu para ver que o Petro à Miroslav Maksimovic está mesmo nos carris. Melhor, a goleada imposta aos maquisardes, acreditamos que ninguém apostava um vintém pelo número gordo, deixou um claro aviso que os tricolores não estão para brincadeiras.

E valeu a aposta na classe dos jovens formados na escola do Catetão, pois, ao lançar para o campo talentos como Miguel, Chiló, Mabululu, Bastos, Kêmbwa e Loló, o técnico sérvio respondeu aos anseios dos apreciadores do bom futebol que faz tempo não viam os tricolores desbobinarem tanta qualidade em campo. Os “meninos” de Maksimovic trataram por dar essa alegria aos seus adeptos. E de que forma? Com uma goleada por números expressivos. Quem acompanhou o jogo pela rádio, poderia pensar que se tratava de uma partida de hóquei em patins, tal era os golos e a sequência dos mesmos. Mas não. Foi mesmo futebol.

Uma nota saliente na goleada do Petro Atlético é que seis dos sete golos foram marcados pelos “rapazitos”, sendo que o veterano Love Cabungula encarregou-se de anotar o outro. Os tricolores precisaram apenas de 19 minutos para começarem a “atropelar” os maquisardes. Miguel, o lateral-esquerdo que o Petro de Luanda foi buscar à Académica do Soyo, após um ano de empréstimo, abriu as hostilidades do dia. Quem não quis ficar atrás foi o jovem Chiló. O internacional Olímpico, em duas ocasiões, aos 24´e 45´, elevou a contagem para três bolas a zero, resultado que deixou os maquisardes transtornados e preocupados. 

Mais golosQuem pensou que o FC Bravos do Maquis tivesse forças para no segundo tempo do jogo inverter o rumo dos acontecimentos, enganou-se redondamente. O Petro de Luanda não permitiu que isso acontecesse. Assim, mal as equipas haviam aquecido o suficiente na segunda parte, Kêmbwa fez o 4-0, aos 52´, golo que aumentou não só o sofrimento dos maquisardes, como também o receio de saírem, como aconteceu, da Cidadela, vergados por uma pesada goleada. Mas, como nas escrituras sagradas do futebo já estava anotado, o FC Bravos do Maquis acabou mesmo por apanhar uma valente sova do Petro de Luanda. Com a equipa toda a carburar, os tricolores, num espaço de nove minutos, ou seja, aos 80´ (Love), 85´ (Kêmbwa) e 89´ (Mabululu), marcaram mais três golos que cimentaram a goleada por sete bolas sem resposta. 

Arbitragem sem mancha 
Figueiredo da Costa, árbitro indigitado pelo Conselho Central de Arbitragem da Federação Angolana de Futebol, para dirigir o jogo entre as formações do Petro Atlético de Luanda e o FC Bravos do Maquis, ontem, na Cidadela, não comprometeu. O juiz, assim os seus assistentes, realizaram um trabalho digno, por isso, sem influência no desfecho final. Aliás, também com aquele resultado volumoso, ninguém, como aconteceu, ousaria suspeitar do seu trabalho. Nota dez.  

Miroslav Maksimovic (Petro)
“Petro foi forte”

“Estou contente com a minha equipa, sobretudo, com Malamba e o Job, que melhorou muito a sua maneira de jogar e quando isso acontece é motivo de muita satisfação para todos nós. Em suma, o Petro foi uma grande equipa em campo, fez um bom jogo hoje (ontem).


Augusto Portela (Maquis)
“Isso é muito estranho”


“Ando no futebol há vinte e tal anos e nunca vi coisa igual. Devo dizer, nunca na minha vida como futebolista, ou como treinador, tinha perdido por sete golos. Isso não é normal, é muito estranho. Acredito que foi mesmo um dia para esquecer, mas saibam que o Barcelona também já perdeu por cinco bolas a zero. Enfim, sou um homem e isso não me agradou, por isso, não me interessa alongar mais”.

Ficha técnica
Petro de Luanda 7
Miguel (19´), Chiló (24´e 45´), Kêmbwa (51´e 85´), Love (79´), Mabululu (89´) 
FC Bravos do Maquis 0
Estádio: Cidadela 
Árbitro: Figueiredo da Costa 
Assistentes: Pedro Cazombo e Joaquim Chio
Petro de Luanda: Lama; Loló, Etah, Bastos e Miguel; Job, Chara (capitão), Malamba e Kêmbwa; Love e Chiló.
Treinador: Miroslav Maksimovic 
Substituições: Chiló por Mabululu (60´), Lamá por Jota Bé (70´) e Malamba por Mano (78´) 
Acção disciplinar: Nada a registar
FC Bravos do Maquis: Geziel; Eduardo, Edson, Tião (capitão) e Luís; Wheeles, Marlon, Mingo e Breco; Marcelo e Chole.
 Treinador: Augusto Portela 
Substituições: Luís por Sotto (59´) e Marcelo por Saidi (59´)
 Acção disciplinar: Cartão amarelo a Marlon (18´ e 41´). Vermelho a Marlon (41´) 
Ao Intervalo: 3-0

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