Atletas do Maio apostam na greve para a recepção de salários
Proletários clamam pela intervenção da sociedade e do governo local.
Fotografia: Jornal dos Desportos
A crise voltou a bater as portas do Estrela Clube 1º de Maio de Benguela. Duas jornadas depois do arranca do Girabola 2011, os proletário de Benguela atravessam uma fase crítica, o que originou ontem, a não realização dos treinos por parte dois atletas
O facto que está a mexer com a sociedade benguelense, e que já começa a questionar a idoneidade das autoridades locais, quanto aos apoios prometidos para a equipa de futebol na prova, é o facto de os mesmos até ao momento não passarem de promessas.
Quando menos se esperava, eis que na manhã de quarta-feira, 23, surge a notícia da paralisação dos trabalhos por parte dos atletas do 1º de Maio, em protesto à falta de pagamento dos ordenados que a direcção do clube teima em não pagar, alegando a falta de dinheiro para o efeito. Foi como que o transbordar da gota de água no copo. Ninguém, mais no 1º de “Maio quis ouvir qualquer desculpa, a menos que se falasse do dinheiro que há 8 meses não mora nos bolsos dos atletas.
O clima está tenso na base dos proletários. A direcção liderada pelo jovem empresário, Manuel Monteiro (Nelito), mostra-se impotente para resolver o problema, que se arrasta desde a temporada transacta, altura em que a equipa competia na “Segundona”, discutindo o regresso à I Divisão de onde havia sido despromovido em 2009. O Jornal dos Desportos, apurou no local da “confusão” (aconteceu no Estádio Municipal), que depois de cerca de duas horas de conversa, as partes (direcção e atletas) acordaram que os mesmos deviam continuar a trabalhar, enquanto a direcção envidaria esforços no sentido de se ultrapassar o impasse resultante da falta de dinheiro.
“Não foi fácil convencê-los, mas valeu a persistência e espírito de diálogo demonstrado pelo presidente do clube. Foram cerca de duas horas de conversa franca e aberta para se chegar a um denominador comum; ficando assim acordado que, enquanto os atletas voltam aos trabalhos, a direcção continuaria a encetar contactos junto do empresariado e governantes da província, no sentido de se angariarem apoios financeiros para se ultrapassar o problema que enferma o clube”, comentou um dos responsáveis ouvidos pelo “JD”, momentos depois de deixar o local em que se desenrolava a negociação entre atletas e presidente do clube.
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