Académica do Soyo |
Huambo – O Recreativo da Caála empatou esta tarde a uma bola (1-1) diante da Académica do Soyo, em partida disputada no estádio dos Kurikutelas, cidade do Huambo, a contar para a 15ª jornada do Girabola.
Os vice-campeões nacionais entraram bem na partida, exercendo desde muito cedo pressão sobre o adversário que teve muitas dificuldades em assentar o seu jogo, sobretudo nos primeiros 15 minutos.
No segundo minuto do encontro, Ruben, do Recreativo da Caála, recuperou a bola no meio campo passou por dois contrários e a entrada da área adversária cruzou para Reginaldo que em situação privilegiada para inaugurar o marcador (surgiu na frente do guarda-redes) não teve destreza e calma necessária, deixando-se desarmar facilmente.
Apesar deste desperdício, os donos de casa continuaram a pressionar, aproveitando a intranquilidade que era visível no meio campo e na defesa dos forasteiros que, além de não acertarem nas marcações aos adversários, também perdiam muitas bolas.
Fruto desta toada, o Caála foi criando com espontaneidade lances eminentes de golo, embora os seus dianteiros os desperdiçassem, por falta de sorte, pontaria e até mesmo por ingenuidade.
Chevela e Reginaldo foram os protagonistas do "maior festival" de falhanços assistidos esta época no estádio dos Kurikutelas.
Os dois desperdiçaram durante os primeiros 45 minutos de jogo seis situações claras de golo, sendo duas para Reginaldo e quatro para Chevela, cujo feito de realce foi a bola que cabeceou ao poste minutos antes do intervalo.
No reatamento, o técnico Luís Aires, inconformado com a ineficácia do seu ataque, fez entrar Paizinho para o lugar de Chevela, numa altura em que os “estudantes” do Soyo já tinham subido de rendimento, dando algum equilíbrio ao desafio.
Enquanto o Caála, ávido em chegar ao golo inaugural, apostava tudo no ataque, a Académica privilegiava a boa organização defensiva e as saídas rápidas para o contra-ataque, fazendo-as sempre com algum perigo para a baliza adversária.
Vovó, aos 68 minutos, delineou a jogada de ataque que terminou em golo para a sua equipa. O médio do Caála recuperou a bola no meio campo, passou por um contrário e depois isolou Marinho que cruzou para a área do Soyo onde surgiu Paizinho e cabeceou para o fundo da baliza.
O golo "espevitou" os donos da casa, ante o desalento dos forasteiros que já revelavam fadiga e o efeito da altitude. Contudo, aos 90', Pai restabeleceu a igualdade numa clara desatenção dos defesas do Caála.
Ficha técnica
Estádio – Kurikutelas.
Assistência – Aproximadamente cinco mil espectadores (fraca)
Arbitro – Maximina Bernardo.
Assistentes – Inácio Cândido e Diakanamua Miguel.
Quarto arbitro – Enoque Severino.
Comissário ao jogo – Carlos Lopes.
Recreativo da Caála – Capessa, Kialunda, Campos, Elias, Vidigal (capitão), Vovó, Ruben (Marinho, aos 65'), Dudú, Dário, Reginaldo (Wilson, aos 69') e Chevela (Paizinho, ao intervalo). Treinador: Luís Aires (português)
Académica do Soyo – Lando, Bruno, João, Guigui (Pai, aos 70'), Nelson, Projecto, Buco (capitão), Sidney, Ganga, Francisco (Kilombo, aos 69') e Ismael (Beto, aos 68'). Treinador: Agostinho Tramagal (angolano)
Amarelos para Vidigal, Dário (Recreativo da Caála), Francisco, Sidney, Nelson e Bruno (Académica do Soyo)
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