terça-feira, julho 12, 2011

Académica do Lobito quer os pontos retirados

Júlio Gaiano, no Lobito. - Hoje
Presidente da Académica quer os três pontos que a FAF retirou à sua equipa.
Fotografia: Santos Pedro
A direcção da Académica Petróleos Clube do Lobito continua à espera que a Federação Angolana de Futebol (FAF) devolva os três pontos que foram retirados à sua equipa por alegada má utilização do defesa central, Cristiano Kitembo no jogo contra a sua similar petrolífera do Kwanda-Soyo, (Zaire). De acordo com o presidente da Académica do Lobito, José Bento Cangombe, que revelou o facto no passado domingo, existe fortes indícios de que a FAF terá se precipitado no julgamento do caso, pois até agora nada aponta que o jogador em questão tenha sido utilizado de forma irregular no confronto contra a Académica do Soyo, em que os lobitangas venceram por 1-0.

“Provámos com documentos oficiais, no caso os boletins da FAF, que em nenhuma partida o nosso atleta teria sido mal utilizado. Em função disso, recorremos ao Conselho Jurisdicional da FAF no sentido de se repor a justiça. Os três pontos pertencem-nos, pois foram conquistadas dentro das quatro linhas de forma legal. Por isso, não faz sentido que, por alguma falta de rigor no ajuizamento do caso, sejamos prejudicados”, precisou o homem forte da Académica do Lobito. 

O presidente da agremiação do Lobito, que falava a partir da cidade capital, via telefone, ao programa matinal de domingo da Emissora Regional do Lobito/Grupo Rádio Nacional de Angola, EP, assegurou à massa associativa e adepta do clube que a Académica do Lobito vai ganhar a causa, pois, conta com a solidariedade de todas as forças vivas do desporto nacional, em geral, e do futebol, em particular. Para quem a FAF não tem como não recuar na sua posição. 

A Académica do Lobito ocupa a última posição com nove pontos e mesmo que ganhe a causa, poderá somar 12 pontos e manter-se no décimo-sexto lugar do presente campeonato nacional de futebol da primeira divisão, Girabola. Ainda assim, será bem-vindo para as contas do clube que tudo faz para manter a equipa na fina-flor do futebol nacional.

Salários atrasados 
preocupam associados 

A Académica Petróleos Clube do Lobito vê-se a braços com a problemática dos salários atrasados. Desde Maio, último, que os atletas não recebem os seus ordenados, facto que deixa apreensivo a massa associativa que receia por uma greve no clube, visto que a acontecer, poderá manchar ainda mais a reputação da sua direcção do clube, em particular, e do desporto do município, em geral.

O Jornal dos Desportos sabe, de fontes próximas ao grémio lobitanga, que o problema salarial reinante na Académica deve-se ao facto de as suas contas terem sido apenhoradas pelo Tribunal local, tudo por causa das elevadas somas em dívidas contraídos pelo então, secretário permanente do clube, Horácio Afonso Kumandala.

Komandala alega ter sido injustiçado aquando do seu afastamento do cargo para o qual tinha sido eleito na gestão de Paulo das Chagas Rangel. E como forma de se repor a legalidade na situação vivida, o dirigente “despedido” sem causa formal (como fez crer) recorreu aos tribunais, exigindo indemnização, cujos valores rondam mais de cem mil dólares. Sem o pagamento a tempo da mesma e esgotadas todas as tentativas para em foro extra-judiciais resolver-se a questão entre as partes, o resultado vindo do Tribunal é que as contas do clube fiquem congeladas, até que se dê solução ao caso.

Em função disso, a direcção da Académica do Lobito vê a situação complicar-se cada vez mais no que tange ao cumprimento das suas obrigações salariais com os atletas, equipa técnica e demais funcionários do clube. Para minimizar as dificuldades daí resultantes, aos atletas são-lhes garantidos os prémios de jogo, uma estratégia que aos poucos tem surtido efeitos satisfatórios, já que a mesma passa por manter a coesão e confiança no seio do grupo de trabalho, agora treinado pelo professor José Silvestre Pelé.

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