Académica do Soyo ameaça desistir
Manuel Sieta presidente de direcção está agastado com o patrocinador.
Fotografia: Jornal dos Desportos
O presidente de direcção da equipa da Académica do Soyo, Manuel Sieta, anunciou ontem a intenção da sua equipa desistir do presente Girabola, se a situação financeira do clube não for solucionada em breve pelo principal patrocinador do clube, a Sonangol-Pesquisa e Produção. Manuel Sieta avançou ontem ao Jornal dos Desportos que a situação se arrasta desde o passado mês de Abril, altura em que assumiu a presidência do grémio desportivo da vila petrolífera do Soyo.
Embora não seja uma situação nova no clube, o presidente da Académica esclareceu que, quando assumiu a direcção do clube, recebeu garantias do patrocinador de apoiar a equipa sem quaisquer problemas de maior. “Não esperávamos por essas dificuldades. Primeiro, porque temos um patrocinador que tem um dever social para com a equipa. Segundo, essa assistência foi-nos garantida pela administração da empresa Sonangol-Produção e Pesquisa. Por isso, não esperava que, passados três meses, a equipa fosse suportada por mim, como se eu fosse o dono. Não sou o proprietário do clube. A académica do Soyo é uma equipa da província do Zaire”, frisou o dirigente.
Manuel Sieta reconheceu que os jogadores não têm culpa de tudo o que se está passar. Contudo, advertiu que não pode continuar a suportar as despesas do clube. “Sou um simples dirigente da equipa como os outros que me antecederam. Se hoje estou à frente dela, amanhã pode aparecer outro. Por isso, não posso continuar a suportar as despesas todas deste clube, porque estou a prejudicar a minha família e o que ganho não é para esses fins”, referiu. O presidente de direcção da Académica do Soyo preferiu não avançar números do quanto já gatou para suportar a equipa, limitando-se a dizer que o futebol é uma modalidade que exige muito esforço financeiro.
“Acho que não adianta dizer publicamente quanto já gastei. As pessoas que estão por dentro do futebol sabem o quanto se gasta nesta modalidade. Se disser quanto já gastei, muitos não vão acreditar. Imagine o que é aguentar o pagamento de salários dos treinadores e dos jogadores. Nem pode fazer a mínima ideia”, destacou.
“Não temos qualquer dívida
com os atletas e treinadores”
Apesar do momento menos bom que os estudantes da Base do Kwanda vivem, Manuel Sieta assumiu ao JD que neste momento a direcção não tem qualquer dívida com os técnicos, atletas e pessoal de apoio. “Não temos dívidas para com os jogadores, nem com os técnicos. Se tivesse de abandonar hoje a presidência da direcção do clube, estaria em condições de lhe garantir que deixaria o clube sem nenhum problema de dívidas correntes”, avançou Manuel Sieta. Em relação às dividas com terceiros, herdadas da antiga direcção, o actual presidente de direcção garantiu que caso tenham suporte jurídico-legal, essas vão ser liquidadas pela Académica do Soyo como instituição e não por um elemento singular, que é o presidente.
“As dívidas deixadas pela direcção anterior não são da minha responsabilidade, mas sim da Académica do Soyo, como entidade, que tem activos e passivos. Então, se se confirmar que esses passivos foram em benefício da Académica do Soyo, este clube tem a obrigação de pagar, desde que as pessoas apresentem um suporte jurídico-legal. Felizmente, desde que assumi a direcção do clube, ainda não vi nenhuma reclamação com cunho legal. Sendo assim, não posso fazer nada sobre essas dívidas”, assegurou. A.Panzo
Implicações de
uma possível deserção
A desistência de uma equipa em pleno decurso de um Campeonato Nacional tem outras implicações para o desertor, como a suspensão de toda a actividade desportiva por um período de dois anos, castigo esse imposto pela Federação Angolana de Futebol (FAF). Face a este cenário, o JD quis saber do presidente da Académica do Soyo se já havia analisado os prós e os contras de uma possível desistência. Recorrendo à velha máxima segundo a qual “não se fazem omeletas sem ovos”, afirmou que teve o cuidado de informar a direcção da FAF.
“Já estive na FAF e falei mesmo com o senhor Pedro Neto, explicando-lhe os problemas financeiros que estamos a atravessar. Recebi garantias de que iria interceder por nós, falando com as pessoas de direito sobre essa nossa preocupação, além de nos aconselhar que desistir não é a melhor solução, porque isso implicaria factores políticos, por ser uma das poucas equipas com que o Norte de Angola conta, em companhia do FC de Cabinda. Mas, as circunstâncias obrigam-nos a desistir”, revelou. O JD insistiu ainda em saber que contactos foram mantidos com o patrocinador, quanto ao desbloqueamento das verbas nos próximos dias para solução do caso.
O dirigente lamentou a forma pouco amável como tem sido tratado pelo pessoal do gabinete de Bento Lourenço, apesar de admitir ter sido já recebido por uma vez por aquele responsável da Sonangol-Pesquisa e Produção. “Já estivemos várias vezes na Sonangol-Pesquisa e Produção, fomos inclusive recebidos uma vez pelo senhor administrador Bento Lourenço e, na altura, ele havia-me garantido que iria disponibilizar o dinheiro. Só que até agora nada foi feito. Outra questão também é a burocracia do staff do próprio administrador, que procura sempre formas de criar obstáculos para os encontros connosco”, afirmou a finalizar. A.Panzo
Embora não seja uma situação nova no clube, o presidente da Académica esclareceu que, quando assumiu a direcção do clube, recebeu garantias do patrocinador de apoiar a equipa sem quaisquer problemas de maior. “Não esperávamos por essas dificuldades. Primeiro, porque temos um patrocinador que tem um dever social para com a equipa. Segundo, essa assistência foi-nos garantida pela administração da empresa Sonangol-Produção e Pesquisa. Por isso, não esperava que, passados três meses, a equipa fosse suportada por mim, como se eu fosse o dono. Não sou o proprietário do clube. A académica do Soyo é uma equipa da província do Zaire”, frisou o dirigente.
Manuel Sieta reconheceu que os jogadores não têm culpa de tudo o que se está passar. Contudo, advertiu que não pode continuar a suportar as despesas do clube. “Sou um simples dirigente da equipa como os outros que me antecederam. Se hoje estou à frente dela, amanhã pode aparecer outro. Por isso, não posso continuar a suportar as despesas todas deste clube, porque estou a prejudicar a minha família e o que ganho não é para esses fins”, referiu. O presidente de direcção da Académica do Soyo preferiu não avançar números do quanto já gatou para suportar a equipa, limitando-se a dizer que o futebol é uma modalidade que exige muito esforço financeiro.
“Acho que não adianta dizer publicamente quanto já gastei. As pessoas que estão por dentro do futebol sabem o quanto se gasta nesta modalidade. Se disser quanto já gastei, muitos não vão acreditar. Imagine o que é aguentar o pagamento de salários dos treinadores e dos jogadores. Nem pode fazer a mínima ideia”, destacou.
“Não temos qualquer dívida
com os atletas e treinadores”
Apesar do momento menos bom que os estudantes da Base do Kwanda vivem, Manuel Sieta assumiu ao JD que neste momento a direcção não tem qualquer dívida com os técnicos, atletas e pessoal de apoio. “Não temos dívidas para com os jogadores, nem com os técnicos. Se tivesse de abandonar hoje a presidência da direcção do clube, estaria em condições de lhe garantir que deixaria o clube sem nenhum problema de dívidas correntes”, avançou Manuel Sieta. Em relação às dividas com terceiros, herdadas da antiga direcção, o actual presidente de direcção garantiu que caso tenham suporte jurídico-legal, essas vão ser liquidadas pela Académica do Soyo como instituição e não por um elemento singular, que é o presidente.
“As dívidas deixadas pela direcção anterior não são da minha responsabilidade, mas sim da Académica do Soyo, como entidade, que tem activos e passivos. Então, se se confirmar que esses passivos foram em benefício da Académica do Soyo, este clube tem a obrigação de pagar, desde que as pessoas apresentem um suporte jurídico-legal. Felizmente, desde que assumi a direcção do clube, ainda não vi nenhuma reclamação com cunho legal. Sendo assim, não posso fazer nada sobre essas dívidas”, assegurou. A.Panzo
Implicações de
uma possível deserção
A desistência de uma equipa em pleno decurso de um Campeonato Nacional tem outras implicações para o desertor, como a suspensão de toda a actividade desportiva por um período de dois anos, castigo esse imposto pela Federação Angolana de Futebol (FAF). Face a este cenário, o JD quis saber do presidente da Académica do Soyo se já havia analisado os prós e os contras de uma possível desistência. Recorrendo à velha máxima segundo a qual “não se fazem omeletas sem ovos”, afirmou que teve o cuidado de informar a direcção da FAF.
“Já estive na FAF e falei mesmo com o senhor Pedro Neto, explicando-lhe os problemas financeiros que estamos a atravessar. Recebi garantias de que iria interceder por nós, falando com as pessoas de direito sobre essa nossa preocupação, além de nos aconselhar que desistir não é a melhor solução, porque isso implicaria factores políticos, por ser uma das poucas equipas com que o Norte de Angola conta, em companhia do FC de Cabinda. Mas, as circunstâncias obrigam-nos a desistir”, revelou. O JD insistiu ainda em saber que contactos foram mantidos com o patrocinador, quanto ao desbloqueamento das verbas nos próximos dias para solução do caso.
O dirigente lamentou a forma pouco amável como tem sido tratado pelo pessoal do gabinete de Bento Lourenço, apesar de admitir ter sido já recebido por uma vez por aquele responsável da Sonangol-Pesquisa e Produção. “Já estivemos várias vezes na Sonangol-Pesquisa e Produção, fomos inclusive recebidos uma vez pelo senhor administrador Bento Lourenço e, na altura, ele havia-me garantido que iria disponibilizar o dinheiro. Só que até agora nada foi feito. Outra questão também é a burocracia do staff do próprio administrador, que procura sempre formas de criar obstáculos para os encontros connosco”, afirmou a finalizar. A.Panzo
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