quarta-feira, novembro 09, 2011

Académica do Lobito foi implacável

08 de Novembro, 2011r

A direcção da Académica do Lobito foi a mais intolerante para com os técnicos, ao fazer uso durante cinco vezes do chicote durante o Girabola’2011, que terminou no domingo passado.
A direcção da Académica do Lobito, liderada por José Bento Cangombe, começou por afastar logo na fase de preparação do Girabola’2011, o técnico José Alberto Tramagal que levou à ascensão da equipa em 2010 na maior prova futebolística do país.
Apesar de protestos de sócios e adeptos que reclamavam a continuidade do técnico Tramagal à frente dos destinos do clube, a direcção ignorou-os.
Daniel Quinhentos “Dany” foi o técnico de conveniência da direcção dos estudantes do Lobito que, apesar de ser “filho casa”, pouco ou nada tinha para corresponder aos desafios de um campeonato nacional. Os maus resultados que a equipa somava, jornada após jornada, fez romper o silêncio dos adeptos, que de forma impaciente exigiram à direcção do clube, a saída de Dany.
Forçada ou não, Bento Cangombe chamou Albano César para conduzir os destinos da equipa que, ao fim de seis jornadas, já tinha nas suas mãos a lanterna vermelha.
O técnico Albano César, que por várias vezes já treinou a Académica do Lobito, depois de quatro jornadas sem sucessos, decidiu rescindir o contrato com os estudantes. Para ocupar o lugar, foi chamado, o técnico José Silvestre “ Pele”, que viria a ser substituído por José Rocha. O peso das derrotas, e porque a direcção do clube exigia resultados positivos, José Rocha decidiu declinar a responsabilidade para César Caná que levou a equipa até ao final do campeonato, onde a Académica do Lobito amealhou apenas 13 pontos. Está época, de acordo com os adeptos, foi a pior de todas em que a Académica do Lobito já participou.

Recorde de chicotadas

Além das cinco chicotadas da Académica do Lobito, o Girabola’2011 ainda registou os despedimentos de Victor Manuel, no Recreativo da Caála, Lujbinko Drulovic (1º de Agosto), de Paulino Júnior (1º de Maio), Drasko Stoijkovic (Progresso Sambizanga), Augusto Portela (Bravos do Maquis), Luís Amaro Ferreira (Benfica de Luanda), João Machado (FC de Cabinda), Álvaro Magalhães (Interclube) e David Dias (Santos FC).
O Girabola’2011 teve um registo histórico de 15 chicotadas, um recorde, com a Académica do Lobito a ser o clube que mais uso fez deste recurso, seguido pelo 1º de Agosto.


domingo, novembro 06, 2011

Conselho Jurisidicional dá provimento ao recurso apresentado pelo Clube Académica Kwanda do Soyo

A Direcção da Federação Angolana de Futebol vem através desta comunicar a todos os interessados o seguinte:

- Que o Conselho Técnico Desportivo através do Comunicado SG/011 de 23 de Setembro de 2011, julgou procedente o protesto apresentado pelos clubes Recreativo da Cáala e Bravos do Maquis;

- Que o Clube Académica do Kwanda do Soyo apresentou recurso junto do Conselho Jurisdicional da FAF nos termos regulamentares;

- Que Conselho Jurisdicional analisou minuciosamente o recurso apresentado tendo comunicado a seguinte decisão:

Dar como procedente o recurso apresentado pelo Clube Académica Kwanda do Soyo, dando sem efeito as decisões tomadas pela Comissão de Regulamentação e Qualificação do Conselho Técnico Desportivo aos 23/09/2011, referentes aos protestos interpostos pelos clubes acima referidos.

sexta-feira, novembro 04, 2011

«Em Angola fala-se muito e faz-se pouco», diz Akwá

Akwá fala a A BOLA sobre a realidade do futebol angolano (foto )
«Em Angola fala-se muito e faz-se pouco», diz Akwá
Por Leonel Gomes

Figura incontornável do futebol angolano, Akwá capitaneou os Palancas na histórica participação no Mundial da Alemanha em 2006. Três anos depois de ter deixado os relvados, o antigo avançado concedeu uma entrevista a A BOLA, onde falou sobre a selecção de Lito Vidigal, o futebol nacional e a luta titânica entre Kabuscorp e Recreativo do Libolo pela conquista do Girabola.

«Começámos mal e depois com a saída do antigo seleccionador Hervé Renard as coisas não estavam muito boas para nós. Com a chegada do Lito Vidigal, que recebeu uma herança não muito boa, com trabalho e dedicação conseguimos a qualificação.»

«Vale lembrar que tivemos, em parte, sorte. Além dos jogadores terem acreditado, a sorte também jogou do nosso lado, porque o Uganda, no último jogo, acabou por empatar em casa. Se calhar acusou a pressão de a nossa selecção ter marcado logo nos primeiros minutos [n.d.r. frente à Guiné-Bissau]. Foi bom termos conseguido a qualificação», defendeu Akwá.

Depois de uma dura fase de qualificação, Angola alcançou a tão almeja presença na fase final do CAN. Para o antigo capitão, a equipa pode realizar uma boa prova.
«Se os jogadores entrarem concentrados e cumprirem com as orientações do treinador, acredito que Angola poderá fazer um bom CAN», diz. «Não é um grupo fácil, mas todos os grupos são difíceis. Há a Costa do Marfim, que é candidata ao título de campeã africana, mas nenhuma selecção é imbatível», concretizou.

Seguir os exemplos proveitosos do basquetebol e andebol. Para Akwá o futebol nacional só terá a melhor participação tendo como base o que ocorre nas duas modalidades.
«O jogador fez a sua carreira, deu o seu contributo e quando deixa de jogar é esquecido. Temos que tirar proveito consoante os outros países fazem, conforme o basquetebol e o andebol fazem com os antigos praticantes. Como o Jean Jacques, José Carlos Guimarães, Filipe Cruz, Necas, Paulo Macedo são pessoas que foram grandes jogadores mas que agora continuam a dar o seu contributo.»

«Sempre defendi que é importante tirar proveito das pessoas que estiveram ligadas ao futebol, que jogaram no estrangeiro, não falo só de mim, mas do Mantorras, Paulão, Abel Campos, João Ricardo, Figueiredo, são muitos os jogadores que actuaram na Europa e que poderiam ser uma mais-valia para o futebol nacional», apontou.

O aparecimento de jovens valores só poderá ser sustentado com a construção de infra-estruturas, salienta Akwá.
«Os outros países têm feito isso, com a construção de academias no Ruanda, Uganda, Benim e nós em Angola não temos isso. Falamos muito e fazemos pouco. Não se podem fazer jogadores só falando, temos que responder dentro de campo.»

«Os nossos dirigentes têm que ver que as outras selecções também trabalham, querem fazer mais, ganhar títulos e não andam a dormir. Os nossos dirigentes devem apostar mais nas camadas jovens porque o importante é dar continuidade. A cada dia que vai passando os talentos do nosso futebol vão desaparecendo, aparece um ou outro, e isso tem sido a grande falha da nossa selecção», atirou.
12:50 - 03-11-2011

Tramagal considera desiquilibrado o grupo B

03 de Novembro, 2011

Agostinho Tramagal debruça-se sobre o grupo dos Palancas.

Fotografia: Jornal dos Desportos

O técnico da Académica do Soyo, Agostinho Tramagal, considerou terça-feira equilibrados os grupos do próximo Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2012, numa prova em que os Palancas Negras fazem parte da série B com Costa do Marfim, Sudão e Burkina Faso. Em declarações à Angop, Tramagal disse que todas as selecções do CAN não devem pensar ser superior ou inferior, mas trabalhar para vencer.

Referiu que o facto da selecção angolana estar no grupo B obriga o conjunto a traçar uma estratégia: “Temos potencial para fazer boa campanha, porque não é por acaso que a nossa selecção chegou lá (CAN).” Para si, uma equipa, como a angolana, que já foi aos mundiais em seniores e juniores, deve preparar bem a competição e discutir a liderança palmo a palmo. Acrescentou que é preciso repensar um pouco mais o futebol angolano e criar as melhores condições de trabalho à equipa técnica e atletas. “Nós organizámos o CAN2010. Não seria bom ficarmos de fora”, sublinhou.

Agostinho Tramagal defendeu a necessidade de começar-se a trabalhar em termos administrativos e desportivos, para que o estágio seja realizado em tempo oportuno, cumprindo o programa elaborado pela equipa técnica. A uma ronda do fim do Girabola2011, disse, o técnico Lito Vidigal terá muito tempo para fazer um transitório com os atletas que actuam na competição, fazendo um trabalho específico.

Tramagal sugeriu ao seleccionador convocar jogadores que têm clubes e a competir. “Mais do que treinar, na selecção os futebolistas aprimoram mais o sistema táctico, técnico e a forma de jogar”, afirmou. Perspectiva que a Federação Angolana de Futebol (FAF) deve encontrar selecções fortes ao nível do continente europeu e americano, para treinar com os Palancas Negras, para estes adquirirem o entrosamento necessário no momento da prova.



segunda-feira, outubro 31, 2011


Académica interpôs recurso à FAF

Jaquelino Figueiredo, no Soyo - 30 de Outubro, 2011
Presidente da Académica está confiante na verdade desportiva
Fotografia: Jornal dos Desportos
O presidente da Académica do Soyo, Manuel Sieta, assegurou ontem ao Jornal dos Desportos que está confiante quanto ao desfecho do recurso interposto à FAF, após a decisão do órgão máximo do futebol nacional de retirar nove pontos à formação da Base do Kwanda. O dirigente afirmou que a verdade deve vir ao de cima e a decisão certa vai ser favorável à sua equipa, tendo em conta as provas apresentadas sobre a legalidade na utilização do referido jogador. 

De acordo com o responsável máximo dos estudantes do Soyo, não há possibilidades do recurso ser improcedente, uma vez que no seu ponto de vista, a sua equipa não cometeu nenhuma irregularidade no acto da inscrição do jogador Gilberto Martins José Carlos “Pai”, cujas provas foram apresentadas ao órgão reitor da modalidade no país. “Temos tudo legal e, por isso, esperamos um resultado positivo, já que não fizemos nada de errado”, acrescentou o presidente da agremiação do Soyo. Caso o recurso interposto seja considerado improcedente, o nosso interlocutor afirmou ao JD que vai recorrer a outras instituições para solucionar o caso.

“Se o desfecho voltar a ser desfavorável, vamos recorrer ao Plano B. Neste momento, temos tudo delineado, inclusive temos já delineado os próximos passos, enquanto se aguarda pelo resultado do recurso. É tudo o que tenho a dizer”, especificou. Questionado sobre a previsão do desfecho uma vez que se aproxima a data prevista para o fim do campeonato da I Divisão, Manuel Sieta disse não depender dele, apenas aguarda pela decisão das estruturas competentes da FAF na solução do caso. “O recurso foi interposto, a solução já não depende da direcção da Académica do Soyo. Nós apenas aguardamos pela verdade desportiva, ou seja, um desfecho positivo a favor da nossa equipa”, sublinhou. 

O administrador municipal adjunto do Soyo e antigo presidente da Académica, Pascoal Aurora, disse ao JD que a decisão da FAF de penalizar os estudantes na fase final do Girabola não passou de jogo de bastidores, fruto da desordem reinante naquele organismo que rege o futebol no país. “A desorganização da FAF criou esta situação, que mancha a verdade desportiva e terá de ser resolvida para salvaguardar a honra, o bom nome e a dignidade daquele órgão e dos seus responsáveis”, esclareceu. 

Pascoal Aurora garantiu que está tranquilo e acredita que nada está perdido para a Académica do Soyo e, por isso, aguardam pelo resultado do recurso. “Estamos todos solidários com a nossa equipa e, por isso, a massa associativa, adeptos, amantes e população estão calmos e confiantes de que a verdade virá ao de cima”, acrescentou. O dirigente apelou à população do Soyo a comparecer em massa no campo dos Embondeiros na recepção ao Recreativo da Caála, já que os três pontos serão necessários para o conjunto do Kwanda. “Para esta partida da última jornada, pedimos à FAF que nos mande um bom árbitro e não um corrupto, como aconteceu nos últimos jogos”, concluiu.

Campanha da Académica do Lobito é negativa por culpa dos dirigentes

Júlio Gaiano, em Benguela - Hoje
Académica do Lobito frustrou expectativas dos seus aficionados, sócios e admiradores
Fotografia: Jornal dos Desportos
O Girabola está prestes a terminar, deixando boas e más recordações daquilo que foi a prestação das equipas na competição em que, nalguns casos, o pior é o frustrar das expectativas dos adeptos, sócios e apoiantes.Na Académica Petróleos Clube do Lobito o cenário é este último. Quando ascendeu ao convívio dos grandes, muito se falou daquilo que devia ser a participação da equipa no Girabola2011. 
Houve mesmo quem vaticinasse por uma Académica diferente de todas e que voltaria a proporcionar alegrias e glórias aos lobitangas ligados ou não ao clube. A sociedade lobitanga foi mobilizada em torno da causa da Académica que tinha como meta permanecer na fina-flor do futebol nacional. A reacção não podia ser outra e, pela positiva, acederam ao desafio. Estava-se diante de um projecto do qual valia a pena participar. 

Estavam assim, aparentemente, criadas as condições morais e materiais para a Académica do Lobito realizar uma das melhores campanhas no Girabola, apesar dos reparos alimentados em volta de alguns integrantes na direcção liderada por José Bento Cangombe. 

Na óptica dos associados, muito dessas pessoas convidadas a integrar a nova direcção, eram alheias à realidade do clube, nascendo daí alguma reserva quanto ao projecto do clube.Mesmo assim, a vontade e a determinação de vencer os obstáculos e acabar com as diferenças no seio da colectividade era tão grande que levou muita gente a pensar que as rivalidades entre os apoiantes da Zona Alta e os da Caponte tinham os tempos contados, visto que em causa estava o futuro de um clube que vinha de fortes perturbações na direcção. 

Infelizmente, não foi assim que sucedeu. O inesperado aconteceu e a confusão, aparentemente, alimentada a partir de fora, voltou a fazer morada, provocando muitos estragos na direcção e na equipa de futebol que acabou por soçobrar no Girabola2011.As iniciativas protagonizadas pelo presidente da Académica do Lobito, convidando pessoas “estranhas” ao clube, foram mal entendidas pelos adeptos e sócios, gerando assim fortes repulsas à liderança de Bento Cangombe, apontado inicialmente, como o “salvador” do clube, e que acabou contestado.

Em função disso, criou-se no seio da família academista uma  espécie de “revolução” que acabou por dividir a massa apoiante, agudizando, assim, as rivalidades já existentes entre os da Caponte (cidade baixa) e os da Zona Alta (popularmente designada por Morro). Estes últimos culpam a direcção-geral pelo sucedido.  

A par de Bento Cangombe, Duarte Adriano Kuatula “Esquerdinho”, director-geral, é outra figura de proa na Académica do Lobito, contestado pelos adeptos pelo facto de, segundo fazem constar, manifestar antipatia com os atletas e apoiantes que residem na Zona Alta da cidade do Lobito, pelo que devia ser sacrificado e deixar o cargo a outra figura que reúna consenso entre os associados do grémio.

“Eles devem deixar o clube e procurarmos pessoas que melhor possam servir o clube com a maior tranquilidade possível. Queremos uma direcção inclusiva, em que todos possamos rever-nos nela. Nada de exclusão. A Académica não é da Caponte, tão pouco do Morro.É de todos os lobitangas que nela se revêem. Por isso, haja coragem e força para se protagonizar mudanças na direcção, já e agora”, comentou Marta Valiangula Kussia. 

FAF tem culpas no “cartório” 
A crise de resultados vivida pela Académica do Lobito não deixa isenta a Federação Angolana de Futebol (FAF) que averbou derrota à equipa no jogo com a Académica do Soyo, por alegada má utilização do defesa Cristiano Kitembo.No terreno, os lobitangas suplantaram os seus confrades do Soyo por um golo sem resposta, um triunfo vivamente festejado pelos adeptos, sócios e dirigentes que julgavam estar-se em presença de um virar de página, ou seja, o reencontro com as belas exibições. 

Mas como “a alegria do pobre dura pouco”, em menos de 21 dias, o clube é notificado pela FAF e toma contacto da perda dos três pontos conquistados na décima primeira jornada diante da Académica do Soyo.A notícia provocou grandes estragos no seio dos atletas, técnicos e dirigentes que viam nesse resultado motivo para se dar um safanão na crise. Para a tristeza de todos, desde essa altura, a equipa começou a decair de jornada em jornada até que atingiu o fundo do poço.

Estava assim traçado o destino dos “estudantes” no presente Girabola.Os esforços envidados pelos dirigentes da Académica do Lobito, no sentido de reaver os pontos perdidos na secretaria da FAF fracassaram; porquanto, o órgão reitor da modalidade rainha no país julgou improcedente o recurso interposto junto do Conselho Jurisdicional, apesar das documentações que comprovavam a legalidade pela utilização do atleta em causa diante da sua congénere do Soyo.

Assim foi a campanha realizada pela Académica do Lobito na presente temporada, onde de tudo um pouco experimentou. Ou seja, ganhou, perdeu e empatou. Inclusive, nalgumas partidas sofreu auto-golos e para agravar ainda mais a situação, até com a mão de Abel Mafuila (Kabuscorp do Palanca), sofreu um golo que arrumou por completo o sonho de se manter no Girabola. 
     
Afastamento de Tramagal
esteve na base do fracasso

É voz corrente entre os lobitangas que a crise de resultados por que passou a Académica do Lobito está associada ao rompimento do vínculo contratual que ligava o professor José Alberto Agostinho “Tramagal” ao clube. Para a vaga deixada pelo técnico Tramagal, a direcção de Bento Cangombe indicou Daniel Polonga Quinhentos, filho da casa e esta decisão, apesar de justificada pelo presidente, em conferência de imprensa (falta de verbas pesou na mesma), redundou numa das maiores repulsas dos adeptos e sócios que acabaram por desacreditar a direcção, distanciada da grande maioria dos apoiantes. 

Estava, assim, instalada a crise de relacionamento entre dirigentes, adeptos e sócios, facto agudizado com os insucessos da equipa em campo. Bento Cangombe e pares, isolados  dos seus apoiantes viam os intentos a frustrar, e como alternativa tiveram que ceder à pressão do público e demitiram Daniel Quinhentos “Dani” do cargo de treinador principal. 

Albano César foi a alternativa possível, mas, infelizmente, mais uma vez, a direcção deu-se mal. A equipa continuou a “navegar” na onda dos maus resultados. Nem com a mudança do campo, do Estádio do Buraco para o do O’mbaka, a equipa conseguiu reencontrar-se.Tornou-se num saco de pancadas, numa clara impressão de que só estava aí (em campo) para saciar os apetites dos adversários que aproveitavam o momento para fazer das suas.

Daniel Quinhentos, Albano César, Silvestre Pelé, José Rocha e César Caná foram os “arquitectos” da tortuosa caminhada dos estudantes lobitangas no Girabola, que conhece o fim já no próximo 6 de Novembro. Na verdade, foi um autêntico martírio para os lobitangas conviverem com esta realidade, enquanto durou a festa do futebol nacional.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Académica do soyo x Progresso


xigida mais fiscalização às equipas de arbitragem


Técnico dos estudantes está irritado com o comportamento de Rangel e seus assistentes
Fotografia: Jornal dos Desportos
Tramagal quebra silêncio e critica trabalho de Inácio Rangel no jogo A. do Soyo-Progresso.O trabalho realizado pela equipa de arbitragem no jogo entre as formações da Académica do Soyo e do Progresso do Sambizanga, disputado sábado último, no campo dos Embondeiros, referente à 28ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, deixou enfurecido o corpo técnico, a direcção dos estudantes, os seus adeptos e massa associativa, que exigem, por isso, mais e melhor fiscalização por parte da federação angolana da modalidade (FAF).
  
Agostinho Tramagal, técnico dos estudantes, mostrou-se irritado com a actuação de Inácio Rangel que considerou de “roubalheira”, quebrando, desse modo, quase uma época completa sem falar do comportamento dos homens do apito. “Andei uma temporada inteira sem falar, porque me pediram que não falasse dos árbitros, mas hoje falo. Houve roubalheira neste estádio e que isso fique bem claro, porque houve situações de jogo que não se podem cortar”, disse Tramagal.

Na opinião de Agostinho Tramagal, o árbitro Inácio Rangel esteve bem em algumas situações da partida, mas os seus assistentes (Luís Chahua e José Estêvão) fizeram o seu jogo ao cortarem todos os lances ofensivos do seu conjunto.“Não é possível futebol assim. Se o problema é descer as equipas que não são de Luanda, então, que desçam todas e ponto final”, desabafou. 

Segundo Tramagal, a equipa do Progresso do Sambizanga “arrancou” um empate no Soyo porque sabe o que fez. O responsável técnico dos estudantes do Soyo, sem papas na língua, disse que durante os 90 minutos jogou apenas a equipa da Académica e o árbitro. “Neste jogo, modéstia à parte, pois temos de ser honestos, jogou a nossa equipa (Académica do Soyo) e o árbitro, porque não é possível ao longo de todo o jogo, todos os nossos lances ofensivos sejam cortados”, lamentou. 

Crucial 
Assim sendo, e uma vez que se está numa fase crucial do Campeonato Nacional, os homens do Soyo exigem uma aturada fiscalização por parte do Conselho Central de Árbitros e da própria direcção da FAF, para que os interesses das equipas participantes não sejam colocados em risco.  

“A competitividade do presente Girabola e o não alcance atempado dos objectivos traçados por cada clube podem levar os ‘desonestos’ a buscarem todo o tipo de artimanhas para atingirem os seus intentos, pois o Campeonato está a duas jornadas do seu termo”, disse um dos sócios da equipa do Soyo. 



                                              Jaquelino Figueiredo, no Soyo
 

Título do Girabola preso na secretaria



Título do Girabola preso na secretaria

Honorato Silva - 18 de Outubro, 2011
Conjunto do Palanca aguarda a decisão do protesto interposto contra o uso indevido de um jogador pelos estudantes da vila petrolífera
Fotografia: Jornal de Angola
A decisão do título do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola, pode passar pela secretaria da federação, que deve divulgar, até quarta-feira, o desfecho dos casos pendentes que condicionam a disputa das duas últimas jornadas.
A provável penalização da Académica do Soyo, por uso incorrecto de um jogador, está a dominar o ambiente no órgão reitor do futebol nacional, que tem ainda de decidir sobre o recurso interposto pelo 1º de Maio de Benguela contra o Sagrada Esperança, por ter feito alinhar o médio Saki, da Costa do Marfim, quando tinha de cumprir um jogo de suspensão, referente à época passada.
Caso a federação decida castigar os estudantes do Soyo, o Kabuscorp do Palanca volta a ficar a um escasso ponto, já que a equipa de Bento Kangamba perdeu por 1-0 com o conjunto da base petrolífera do Cuanda, que se arrisca a ver retirados nove pontos da sua classificação.
Com este cenário, o Recreativo do Libolo deixa de estar a dois pontos da confirmação do título inédito, pois em caso de igualdade pontual com o Kabuscorp tem vantagem no confronto directo, por ter marcado mais um golo que o adversário.
Aí, para chegar à consagração, a formação da vila de Calulo fica obrigada a vencer o Progresso do Sambizanga para não ser superado pelo seu adversário, em caso de vitória no jogo com o Petro de Luanda. Nesse quadro hipotético, se o Libolo empatar frente aos sambilas passará a somar 57 pontos, contra 58 do Kabuscorp, já a contar com os três recuperados à Académica do Soyo.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Kabuscorp treme mas vence o Soyo


Kabuscorp treme mas vence o Soyo

03 de Outubro, 2011
Vice-lider tremeu com a postura dos estudantes do Soyo
Fotografia: Jornal dos Desportos
Quando, aos 12 minutos, o médio Lami fez o primeiro golo do jogo, o que provocou uma festa sem precedentes no estádio dos Coqueiros, poucos pensaram que o Kabuscorp do Palanca ia passar por muitas dificuldades, como passou, para conseguir os três pontos diante da Académica do Lobito.

É que os palanquinos que jogavam de ouvidos no confronto de Benguela, entre a Academica do Lobito e o Recreativo do Libolo, faziam o seu trabalho nas calmas, até que os estudantes do Soyo disseram “basta”. A equipa de Agostinho Tramagal mostrou que não estava nos Coqueiros para ver o adversário jogar. 

Nada disso. Por isso, ninguém se admirou quando o capitão Pompo, aos 30´, repôs a igualdade no marcador, ao concluir, da melhor maneira, um canto superiormente marcado pelo médio Lamy.Depois do golo do empate, verificou-se um equilíbrio no jogo, muito por culpa dos estudantes que recuperaram e colocaram em dia as lições do mestre Tramagal. Por isso, em muitos momentos fizeram estremecer a estrutura do candidato Kabuscorp.

Sawú
À semelhança dos últimos 20 minutos da primeira parte, o segundo turno do jogo foi muito bem jogado. As duas equipas criaram inúmeras oportunidades para marcar, porém, os jogadores não se cansavam em falhar o alvo. A sorte acabou por cair para o lado da formação do Kabuscorp que conseguiu, aos 74´, através de um penálti, fazer o 2-1, por Sawú, o melhor marcador do grémio palanquino.

Antes do golo do Kabuscorp, o árbitro Francisco Mazala e os seus assistentes transformaram-se em carrascos da Academica do Soyo, ao fecharem os olhos a uma situação clara de penálti, uma vez que o avançado do estudantes foi derrubado dentro da área do vice-lider do campeonato. 

Ficha Técnica  

Kabuscorp 2

Lami (12´) e Sawú (gp 74´)

Académica do Soyo 1 Pompo (30´)

Estádio: Coqueiros 

Árbitro: Francisco Mazala 

Assistentes: Júlio Lemos e Sebastião da Silva
   
Kabuscorp (4x4x2): Hugo; Libengué, Oliveira, Lelo e Lunguimha; Lami, Fiston (cap), Pataca e Seleó; Sawú e Daniel MpeleMpele.

Técnico: Viktor Bondarenko

Substituições: Lelo por Kalobo e Libengué por Raul (45´+ 1) e Seleó por Rodrigo (60´).

Acção disciplinar: Nada a registar

Académica do Soyo (3x3x3x1): Lando; Pompo (cap), Hélder e Nelson; Projecto, Guigui e Kilombo; Tachungo, Lamy e Sidney; Ismael.

Treinador: Agostinho Tramagal 

Substituições: Ismael por Jordão (45 + 3´), Kilombo por Beto (75´) e Lamy por Maninho (76´).

Acção disciplinar: Amarelo a Kilombo (17´), Pompo (37´) e Hélder (64´).

Ao Intervalo: 1-1

quinta-feira, setembro 29, 2011

GIRA BOLA 2011


Bondarenko apreensivo para jogo com a Académica do Soyo

Hermínio Fontes - Hoje
Kabuscorp reforça plantel com jovens do escalão de juniores
Fotografia: Jornal dos Desportos
Com um saldo de três derrotas e nenhuma vitória frente ao Académica do Soyo, Viktor Bondarenko técnico do Kabuscorp quer evitar a todo custo mais um dissabor frente aos estudantes da Base do Kwanda e colocar assim um ponto final a onda de resultados negativos frente a formação orientada por Agostinho Tramagal.

Para que não volta a acontecer mais um desaire, o treinador russo expressou com alguma nostalgia, na segunda sessão da semana, para que os seus jogadores não voltam a falhar neste encontro que considera, o mais marcante da sua carreira, enquanto técnico no Girabola. “ Reconheço que das três vezes que joguei frente ao Académica do Soyo, tive de levar três derrota para casa, algo que ainda não me conformei. Por isso, estamos a trabalhar para mudarmos esta rotina, pois queremos é, ser senhores do encontro para festejarmos lá na sede do clube”, defendeu.

Com a estatística a seu desfavor, o responsável técnico dos palanquinos quer saldar as contas com o adversário, formação que está a encetar a fuga do lote das equipas que evitam a despromoção. Apesar da zona pouco favorável em que se encontra, com a sua pontuação “na idade de Cristo” 33, na décima primeira posição, “esta equipa é sempre muito difícil para as equipas que dirijo”, confirmou.

Confiante no bom momento de forma que o Kabuscorp atravessa nesta fase crucial da competição, Bondarenko está confiante na conquista da primeira vitória diante da Académica do Soyo. “Estamos a jogar muito bem e os jogadores estão bastante motivados. Acredito que vamos vencer este jogo.” Embora reconhece que no futebol é normal perder, o russo afirmou que é anormal sofrer derrotas consecutivas com o mesmo adversário em equipas diferentes. 

“ Vamos não só lutar para os três pontos, mas também quebrar com este jejum que me vem atormentando”, assegurou. Para anular a “maldição” frente ao adversário do fim-de-semana o técnico espera rever o último duelo feito na primeira volta, no campo dos Embondeiros. “Foi um jogo em que perdemos por culpa da defesa. Portanto vamos rever para tirarmos algumas ilações, daquilo que esteve mal e os pontos positivos”, sublinhou.


Equipa técnica começa
apostar na prata da casa
A equipa técnica do grémio do Palanca, já a pensar já no futuro do Kabuscorp, lançou esta época três jovens promissores do escalão de juniores, para darem sequência à conquista do “el dourado”, o primeiro título para a galeria da equipa. Trata-se de Djemba, Cristiano e Micha. O jovem Djemba tem-se notabilizado no meio campo da equipa, fazendo dupla com o capitão Fiston e outros colegas. Cristiano, apesar de pouco utilizado, já provou que é um jogador a ter em conta, enquanto Micha aguarda por uma oportunidade na baliza. 

A equipa técnica comanda pelo russo da filosofia “atacar, atacar, atacar”, adiantou ao Jornal dos Desportos que a convivência no grupo é das melhores e a relação entre os veteranos e a nova geração também. “As novas pedras no xadrez do nosso elenco têm bastante qualidade e são talentosas. O seu enquadramento na equipa tem sido dos melhores. Até ao momento, não temos razões de queixa, bastando apenas enquadrá-los na pedalada que esta exige,” afirmou.

Por outro lado, considerou que eles, “pelo empenho e obediência que têm mostrado nas sessões de treino, podem chegar a titulares e, se forem humildes e trabalhadores, vão atingir grandes patamares, tanto a nível nacional como internacional, bastando apenas acreditarem que têm valor e são capazes”, aconselhou o técnico.  Hermínio Fontes

“Estamos preparados para a ponta final”
Ao contrário das jornadas anteriores, o Kabuscorp encara os jogos derradeiros com maior optimismo. Aliado à boa disposição no seio do grupo, a equipa está a gozar de boa saúde. No aspecto clínico, a equipa está em prontidão, sem qualquer atleta a apresentar qualquer mazela. Nem mesmo o jogo diante do “gigante” 1º de Agosto criou qualquer problema ao plantel do Palanca. “Graças a Deus não temos problemas preocupantes em termos de saúde, apesar de uma ou outra queixa, mas controlada pela equipa médica”, declarou o técnico com um sorriso nos lábios.

Para a sessão desta tarde, marcada para as 15h30 nos Coqueiros, Viktor Bondarenko confessou ter tido uma conversa com a equipa médica do clube (massagista e terapeuta), para saber das possíveis baixa e dar uma aula, mais sólida e menos cansativa, tendo em conta os dois dias de trabalho que falta realizar, antes da data de jogo com o Académica do Soyo. “Vamos trabalhar dentro do aconselhamento médico, de maneira a não prejudicarmos os nossos rapazes com qualquer tipo de fadiga ou exercícios, que podem influenciar o desempenho deste ou aquele atleta”, precisou.

No seu plano laboral, Bondarenko não revelou os aspectos técnicos a serem utilizados nesta sessão, com vista à recepção aos estudantes da Base do Kwanda, mas promete treino à porta aberta para o público afecto ao Kabuscorp, que tem sido espectacular ao longo do campeonato. “Temos as nossas armas de combate. E para vencermos o jogo, vamos unir-nos com a nossa claque com toda a força possível e dar o grito da vitória, por isso, a eles, não tenho nada a esconder”, determinou. 

Mesmo assim, Bondarenko deixou um recado muito peculiar relativamente a este adversário, que considerou de sábio e astuto: “ Estou certo que este duelo com o Académica do Soyo será muito comprometedor porque, pelo que sei, o meu adversário é um animal ferido e perigoso, por causa da sua maneira de jogar e complicar os seus opositores”, finalizou. 

                Hermínio Fontes

terça-feira, setembro 27, 2011


Académica derrota confrade do Lobito

Jaquelino Figueiredo | Soyo - 25 de Setembro, 2011
Duelo entre estudantes terminou com a vitória dos afintriões
Fotografia: Jornal dos Desportos
Num jogo apático e pobre em termos técnicos, a Académica do Soyo derrotou ontem no campo dos Embondeiros a sua congénere do Lobito, por duas bolas a uma, um resultado que catapulta os estudantes da Vila do Kwanda para uma posição algo tranquila. 

Os anfitriões iniciaram a partida a pressionarem o último reduto dos lobitangas que nada fizeram ao longo dos primeiros 45 minutos de jogo. Não foi por acaso que, aos 10 minutos, o conjunto comandado pelo técnico Agostinho Tramagal desperdiçava a primeira oportunidade de golo por intermédio do Avelino. Volvidos quatro minutos, João, após receber um cruzamento do seu colega, com a baliza aberta, cabeceou ao lado. 

A passagem do minuto 18, na sequência de um canto, o atacante do Académica do Soyo Beto inaugurou o marcador, após uma disputa de bola na pequena área. A Académica do Lobito, a cumprir apenas formalidade no campeonato, não conseguia reencontrar-se, enquanto o adversário aproveitava a apatia dos visitantes.  Até ao intervalo, mesmo com o péssimo futebol, foi a Académica do Soyo que dominava a partida e procurava o segundo golo. Mas o sector ofensivo demonstrou, mais uma vez, a falta de atitude nos momentos decisivos, com os atacantes a serem bastante perdulários. 

No reatamento, com as mudanças efectuadas pelo técnico dos estudantes do Lobito, o conjunto da cidade portuária tentou sacudir a água do capote, mas continuava a evidenciar um futebol de “bairro”, sem entrosamento. Na única oportunidade de golo criada pela equipa orientada por César Kaná, os lobitangas aproveitaram a falha do capitão da Académica do Soyo, Pompom, que travou a bola com a mão na grande área. Marximina Bernardo não hesitou e assinalou castigo máximo. 

Na cobrança, igualou a partida aos 64 minutos. Estava assim relançado o jogo entre os dois conjuntos, mas foi o Soyo que mais se evidenciou. Aos 66’ Lamy selou o resultado em 2-1. Com o resultado a seu favor, os anfitriões apresentaram-se mais empolgados nos minutos finais, mas os atacantes desbaratavam oportunidades. A equipa de arbitragem, comandada por Marximina Bernardo, efectuou um excelente trabalho ao longo dos 90’, pelo que não teve influência no resultado.

Opinião dos Técnicos
César Caná | Académica
“Adversário foi superior”


“ A minha equipa não esteve bem, cometeu alguns erros que foram fatais para o desfecho da partida. A apatia demonstrada foi penalizada com mais uma derrota. Vamos continuar a trabalhar a pensar já na próxima época, porque esta é apenas para cumprirmos formalidades e procurarmos honrar o nome do nosso clube na competição”.

Agostinho Tramagal | A.do Soyo
“Uma vitória importante”


“Esta vitória teve um sabor especial, uma vez que muita coisa estava em jogo para a minha equipa. Apesar de vencermos a partida, o sector ofensivo continua a pecar e na finalização ainda não temos sido eficientes. O importante é os três pontos, foi o que projectamos durante os treinos. Ao marcarmos dois golos pela primeira vez em casa, demonstrámos que os atletas estão confiantes na permanência no escalão maior do futebol nacional”.

Ficha Técnica
Campo: Embondeiros 
Árbitro: Marximina Bernardo 
Assistentes: Luís Mateus e Victor Paulino 
4º Árbitro; Domingos Mbemberé 
Comissão: Dantas Cardoso 
Académica do Soyo: 2 Beto (18’) 
Lamy (66’) 
Académica do Lobito: 1 
Edimilson ( 64’)

Académica do Soyo: (1X4X4X2): Lando, Sidney, Pompon (Cap.), João, Buco, Dady, Lamy, Nelson, Avelino, Projecto e Beto. 
Substituições: Ismael por Avelino (55’), Beto por Kilombo (56´) e Guigui por Dady (70’) 
Acção Disciplinar: Cartões amarelos: Sidney (34’), Pompom (64’) 
Técnico: Agostinho Tramagal

Académica do Lobito: (1X4X4X2): Feliciano, Nilton, Henrique, Valdez, Calei, Jerónimo, Dodó, Dada, Vieti, Yano e Dory. 
Substituições: Edilson por Dada (32’), Tombova por Yano (45’) e Mingo por Vieti (81’) 
Acção disciplinar: Cartões amarelos: Dory (36’) e Caley (44’) 
Técnico: César Kaná 
Ao intervalo: 1-0 
Positivo do jogo: A presença do público 
Negativo: Péssimo futebol