segunda-feira, outubro 31, 2011


Académica interpôs recurso à FAF

Jaquelino Figueiredo, no Soyo - 30 de Outubro, 2011
Presidente da Académica está confiante na verdade desportiva
Fotografia: Jornal dos Desportos
O presidente da Académica do Soyo, Manuel Sieta, assegurou ontem ao Jornal dos Desportos que está confiante quanto ao desfecho do recurso interposto à FAF, após a decisão do órgão máximo do futebol nacional de retirar nove pontos à formação da Base do Kwanda. O dirigente afirmou que a verdade deve vir ao de cima e a decisão certa vai ser favorável à sua equipa, tendo em conta as provas apresentadas sobre a legalidade na utilização do referido jogador. 

De acordo com o responsável máximo dos estudantes do Soyo, não há possibilidades do recurso ser improcedente, uma vez que no seu ponto de vista, a sua equipa não cometeu nenhuma irregularidade no acto da inscrição do jogador Gilberto Martins José Carlos “Pai”, cujas provas foram apresentadas ao órgão reitor da modalidade no país. “Temos tudo legal e, por isso, esperamos um resultado positivo, já que não fizemos nada de errado”, acrescentou o presidente da agremiação do Soyo. Caso o recurso interposto seja considerado improcedente, o nosso interlocutor afirmou ao JD que vai recorrer a outras instituições para solucionar o caso.

“Se o desfecho voltar a ser desfavorável, vamos recorrer ao Plano B. Neste momento, temos tudo delineado, inclusive temos já delineado os próximos passos, enquanto se aguarda pelo resultado do recurso. É tudo o que tenho a dizer”, especificou. Questionado sobre a previsão do desfecho uma vez que se aproxima a data prevista para o fim do campeonato da I Divisão, Manuel Sieta disse não depender dele, apenas aguarda pela decisão das estruturas competentes da FAF na solução do caso. “O recurso foi interposto, a solução já não depende da direcção da Académica do Soyo. Nós apenas aguardamos pela verdade desportiva, ou seja, um desfecho positivo a favor da nossa equipa”, sublinhou. 

O administrador municipal adjunto do Soyo e antigo presidente da Académica, Pascoal Aurora, disse ao JD que a decisão da FAF de penalizar os estudantes na fase final do Girabola não passou de jogo de bastidores, fruto da desordem reinante naquele organismo que rege o futebol no país. “A desorganização da FAF criou esta situação, que mancha a verdade desportiva e terá de ser resolvida para salvaguardar a honra, o bom nome e a dignidade daquele órgão e dos seus responsáveis”, esclareceu. 

Pascoal Aurora garantiu que está tranquilo e acredita que nada está perdido para a Académica do Soyo e, por isso, aguardam pelo resultado do recurso. “Estamos todos solidários com a nossa equipa e, por isso, a massa associativa, adeptos, amantes e população estão calmos e confiantes de que a verdade virá ao de cima”, acrescentou. O dirigente apelou à população do Soyo a comparecer em massa no campo dos Embondeiros na recepção ao Recreativo da Caála, já que os três pontos serão necessários para o conjunto do Kwanda. “Para esta partida da última jornada, pedimos à FAF que nos mande um bom árbitro e não um corrupto, como aconteceu nos últimos jogos”, concluiu.

Campanha da Académica do Lobito é negativa por culpa dos dirigentes

Júlio Gaiano, em Benguela - Hoje
Académica do Lobito frustrou expectativas dos seus aficionados, sócios e admiradores
Fotografia: Jornal dos Desportos
O Girabola está prestes a terminar, deixando boas e más recordações daquilo que foi a prestação das equipas na competição em que, nalguns casos, o pior é o frustrar das expectativas dos adeptos, sócios e apoiantes.Na Académica Petróleos Clube do Lobito o cenário é este último. Quando ascendeu ao convívio dos grandes, muito se falou daquilo que devia ser a participação da equipa no Girabola2011. 
Houve mesmo quem vaticinasse por uma Académica diferente de todas e que voltaria a proporcionar alegrias e glórias aos lobitangas ligados ou não ao clube. A sociedade lobitanga foi mobilizada em torno da causa da Académica que tinha como meta permanecer na fina-flor do futebol nacional. A reacção não podia ser outra e, pela positiva, acederam ao desafio. Estava-se diante de um projecto do qual valia a pena participar. 

Estavam assim, aparentemente, criadas as condições morais e materiais para a Académica do Lobito realizar uma das melhores campanhas no Girabola, apesar dos reparos alimentados em volta de alguns integrantes na direcção liderada por José Bento Cangombe. 

Na óptica dos associados, muito dessas pessoas convidadas a integrar a nova direcção, eram alheias à realidade do clube, nascendo daí alguma reserva quanto ao projecto do clube.Mesmo assim, a vontade e a determinação de vencer os obstáculos e acabar com as diferenças no seio da colectividade era tão grande que levou muita gente a pensar que as rivalidades entre os apoiantes da Zona Alta e os da Caponte tinham os tempos contados, visto que em causa estava o futuro de um clube que vinha de fortes perturbações na direcção. 

Infelizmente, não foi assim que sucedeu. O inesperado aconteceu e a confusão, aparentemente, alimentada a partir de fora, voltou a fazer morada, provocando muitos estragos na direcção e na equipa de futebol que acabou por soçobrar no Girabola2011.As iniciativas protagonizadas pelo presidente da Académica do Lobito, convidando pessoas “estranhas” ao clube, foram mal entendidas pelos adeptos e sócios, gerando assim fortes repulsas à liderança de Bento Cangombe, apontado inicialmente, como o “salvador” do clube, e que acabou contestado.

Em função disso, criou-se no seio da família academista uma  espécie de “revolução” que acabou por dividir a massa apoiante, agudizando, assim, as rivalidades já existentes entre os da Caponte (cidade baixa) e os da Zona Alta (popularmente designada por Morro). Estes últimos culpam a direcção-geral pelo sucedido.  

A par de Bento Cangombe, Duarte Adriano Kuatula “Esquerdinho”, director-geral, é outra figura de proa na Académica do Lobito, contestado pelos adeptos pelo facto de, segundo fazem constar, manifestar antipatia com os atletas e apoiantes que residem na Zona Alta da cidade do Lobito, pelo que devia ser sacrificado e deixar o cargo a outra figura que reúna consenso entre os associados do grémio.

“Eles devem deixar o clube e procurarmos pessoas que melhor possam servir o clube com a maior tranquilidade possível. Queremos uma direcção inclusiva, em que todos possamos rever-nos nela. Nada de exclusão. A Académica não é da Caponte, tão pouco do Morro.É de todos os lobitangas que nela se revêem. Por isso, haja coragem e força para se protagonizar mudanças na direcção, já e agora”, comentou Marta Valiangula Kussia. 

FAF tem culpas no “cartório” 
A crise de resultados vivida pela Académica do Lobito não deixa isenta a Federação Angolana de Futebol (FAF) que averbou derrota à equipa no jogo com a Académica do Soyo, por alegada má utilização do defesa Cristiano Kitembo.No terreno, os lobitangas suplantaram os seus confrades do Soyo por um golo sem resposta, um triunfo vivamente festejado pelos adeptos, sócios e dirigentes que julgavam estar-se em presença de um virar de página, ou seja, o reencontro com as belas exibições. 

Mas como “a alegria do pobre dura pouco”, em menos de 21 dias, o clube é notificado pela FAF e toma contacto da perda dos três pontos conquistados na décima primeira jornada diante da Académica do Soyo.A notícia provocou grandes estragos no seio dos atletas, técnicos e dirigentes que viam nesse resultado motivo para se dar um safanão na crise. Para a tristeza de todos, desde essa altura, a equipa começou a decair de jornada em jornada até que atingiu o fundo do poço.

Estava assim traçado o destino dos “estudantes” no presente Girabola.Os esforços envidados pelos dirigentes da Académica do Lobito, no sentido de reaver os pontos perdidos na secretaria da FAF fracassaram; porquanto, o órgão reitor da modalidade rainha no país julgou improcedente o recurso interposto junto do Conselho Jurisdicional, apesar das documentações que comprovavam a legalidade pela utilização do atleta em causa diante da sua congénere do Soyo.

Assim foi a campanha realizada pela Académica do Lobito na presente temporada, onde de tudo um pouco experimentou. Ou seja, ganhou, perdeu e empatou. Inclusive, nalgumas partidas sofreu auto-golos e para agravar ainda mais a situação, até com a mão de Abel Mafuila (Kabuscorp do Palanca), sofreu um golo que arrumou por completo o sonho de se manter no Girabola. 
     
Afastamento de Tramagal
esteve na base do fracasso

É voz corrente entre os lobitangas que a crise de resultados por que passou a Académica do Lobito está associada ao rompimento do vínculo contratual que ligava o professor José Alberto Agostinho “Tramagal” ao clube. Para a vaga deixada pelo técnico Tramagal, a direcção de Bento Cangombe indicou Daniel Polonga Quinhentos, filho da casa e esta decisão, apesar de justificada pelo presidente, em conferência de imprensa (falta de verbas pesou na mesma), redundou numa das maiores repulsas dos adeptos e sócios que acabaram por desacreditar a direcção, distanciada da grande maioria dos apoiantes. 

Estava, assim, instalada a crise de relacionamento entre dirigentes, adeptos e sócios, facto agudizado com os insucessos da equipa em campo. Bento Cangombe e pares, isolados  dos seus apoiantes viam os intentos a frustrar, e como alternativa tiveram que ceder à pressão do público e demitiram Daniel Quinhentos “Dani” do cargo de treinador principal. 

Albano César foi a alternativa possível, mas, infelizmente, mais uma vez, a direcção deu-se mal. A equipa continuou a “navegar” na onda dos maus resultados. Nem com a mudança do campo, do Estádio do Buraco para o do O’mbaka, a equipa conseguiu reencontrar-se.Tornou-se num saco de pancadas, numa clara impressão de que só estava aí (em campo) para saciar os apetites dos adversários que aproveitavam o momento para fazer das suas.

Daniel Quinhentos, Albano César, Silvestre Pelé, José Rocha e César Caná foram os “arquitectos” da tortuosa caminhada dos estudantes lobitangas no Girabola, que conhece o fim já no próximo 6 de Novembro. Na verdade, foi um autêntico martírio para os lobitangas conviverem com esta realidade, enquanto durou a festa do futebol nacional.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Académica do soyo x Progresso


xigida mais fiscalização às equipas de arbitragem


Técnico dos estudantes está irritado com o comportamento de Rangel e seus assistentes
Fotografia: Jornal dos Desportos
Tramagal quebra silêncio e critica trabalho de Inácio Rangel no jogo A. do Soyo-Progresso.O trabalho realizado pela equipa de arbitragem no jogo entre as formações da Académica do Soyo e do Progresso do Sambizanga, disputado sábado último, no campo dos Embondeiros, referente à 28ª jornada do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, deixou enfurecido o corpo técnico, a direcção dos estudantes, os seus adeptos e massa associativa, que exigem, por isso, mais e melhor fiscalização por parte da federação angolana da modalidade (FAF).
  
Agostinho Tramagal, técnico dos estudantes, mostrou-se irritado com a actuação de Inácio Rangel que considerou de “roubalheira”, quebrando, desse modo, quase uma época completa sem falar do comportamento dos homens do apito. “Andei uma temporada inteira sem falar, porque me pediram que não falasse dos árbitros, mas hoje falo. Houve roubalheira neste estádio e que isso fique bem claro, porque houve situações de jogo que não se podem cortar”, disse Tramagal.

Na opinião de Agostinho Tramagal, o árbitro Inácio Rangel esteve bem em algumas situações da partida, mas os seus assistentes (Luís Chahua e José Estêvão) fizeram o seu jogo ao cortarem todos os lances ofensivos do seu conjunto.“Não é possível futebol assim. Se o problema é descer as equipas que não são de Luanda, então, que desçam todas e ponto final”, desabafou. 

Segundo Tramagal, a equipa do Progresso do Sambizanga “arrancou” um empate no Soyo porque sabe o que fez. O responsável técnico dos estudantes do Soyo, sem papas na língua, disse que durante os 90 minutos jogou apenas a equipa da Académica e o árbitro. “Neste jogo, modéstia à parte, pois temos de ser honestos, jogou a nossa equipa (Académica do Soyo) e o árbitro, porque não é possível ao longo de todo o jogo, todos os nossos lances ofensivos sejam cortados”, lamentou. 

Crucial 
Assim sendo, e uma vez que se está numa fase crucial do Campeonato Nacional, os homens do Soyo exigem uma aturada fiscalização por parte do Conselho Central de Árbitros e da própria direcção da FAF, para que os interesses das equipas participantes não sejam colocados em risco.  

“A competitividade do presente Girabola e o não alcance atempado dos objectivos traçados por cada clube podem levar os ‘desonestos’ a buscarem todo o tipo de artimanhas para atingirem os seus intentos, pois o Campeonato está a duas jornadas do seu termo”, disse um dos sócios da equipa do Soyo. 



                                              Jaquelino Figueiredo, no Soyo
 

Título do Girabola preso na secretaria



Título do Girabola preso na secretaria

Honorato Silva - 18 de Outubro, 2011
Conjunto do Palanca aguarda a decisão do protesto interposto contra o uso indevido de um jogador pelos estudantes da vila petrolífera
Fotografia: Jornal de Angola
A decisão do título do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola, pode passar pela secretaria da federação, que deve divulgar, até quarta-feira, o desfecho dos casos pendentes que condicionam a disputa das duas últimas jornadas.
A provável penalização da Académica do Soyo, por uso incorrecto de um jogador, está a dominar o ambiente no órgão reitor do futebol nacional, que tem ainda de decidir sobre o recurso interposto pelo 1º de Maio de Benguela contra o Sagrada Esperança, por ter feito alinhar o médio Saki, da Costa do Marfim, quando tinha de cumprir um jogo de suspensão, referente à época passada.
Caso a federação decida castigar os estudantes do Soyo, o Kabuscorp do Palanca volta a ficar a um escasso ponto, já que a equipa de Bento Kangamba perdeu por 1-0 com o conjunto da base petrolífera do Cuanda, que se arrisca a ver retirados nove pontos da sua classificação.
Com este cenário, o Recreativo do Libolo deixa de estar a dois pontos da confirmação do título inédito, pois em caso de igualdade pontual com o Kabuscorp tem vantagem no confronto directo, por ter marcado mais um golo que o adversário.
Aí, para chegar à consagração, a formação da vila de Calulo fica obrigada a vencer o Progresso do Sambizanga para não ser superado pelo seu adversário, em caso de vitória no jogo com o Petro de Luanda. Nesse quadro hipotético, se o Libolo empatar frente aos sambilas passará a somar 57 pontos, contra 58 do Kabuscorp, já a contar com os três recuperados à Académica do Soyo.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Kabuscorp treme mas vence o Soyo


Kabuscorp treme mas vence o Soyo

03 de Outubro, 2011
Vice-lider tremeu com a postura dos estudantes do Soyo
Fotografia: Jornal dos Desportos
Quando, aos 12 minutos, o médio Lami fez o primeiro golo do jogo, o que provocou uma festa sem precedentes no estádio dos Coqueiros, poucos pensaram que o Kabuscorp do Palanca ia passar por muitas dificuldades, como passou, para conseguir os três pontos diante da Académica do Lobito.

É que os palanquinos que jogavam de ouvidos no confronto de Benguela, entre a Academica do Lobito e o Recreativo do Libolo, faziam o seu trabalho nas calmas, até que os estudantes do Soyo disseram “basta”. A equipa de Agostinho Tramagal mostrou que não estava nos Coqueiros para ver o adversário jogar. 

Nada disso. Por isso, ninguém se admirou quando o capitão Pompo, aos 30´, repôs a igualdade no marcador, ao concluir, da melhor maneira, um canto superiormente marcado pelo médio Lamy.Depois do golo do empate, verificou-se um equilíbrio no jogo, muito por culpa dos estudantes que recuperaram e colocaram em dia as lições do mestre Tramagal. Por isso, em muitos momentos fizeram estremecer a estrutura do candidato Kabuscorp.

Sawú
À semelhança dos últimos 20 minutos da primeira parte, o segundo turno do jogo foi muito bem jogado. As duas equipas criaram inúmeras oportunidades para marcar, porém, os jogadores não se cansavam em falhar o alvo. A sorte acabou por cair para o lado da formação do Kabuscorp que conseguiu, aos 74´, através de um penálti, fazer o 2-1, por Sawú, o melhor marcador do grémio palanquino.

Antes do golo do Kabuscorp, o árbitro Francisco Mazala e os seus assistentes transformaram-se em carrascos da Academica do Soyo, ao fecharem os olhos a uma situação clara de penálti, uma vez que o avançado do estudantes foi derrubado dentro da área do vice-lider do campeonato. 

Ficha Técnica  

Kabuscorp 2

Lami (12´) e Sawú (gp 74´)

Académica do Soyo 1 Pompo (30´)

Estádio: Coqueiros 

Árbitro: Francisco Mazala 

Assistentes: Júlio Lemos e Sebastião da Silva
   
Kabuscorp (4x4x2): Hugo; Libengué, Oliveira, Lelo e Lunguimha; Lami, Fiston (cap), Pataca e Seleó; Sawú e Daniel MpeleMpele.

Técnico: Viktor Bondarenko

Substituições: Lelo por Kalobo e Libengué por Raul (45´+ 1) e Seleó por Rodrigo (60´).

Acção disciplinar: Nada a registar

Académica do Soyo (3x3x3x1): Lando; Pompo (cap), Hélder e Nelson; Projecto, Guigui e Kilombo; Tachungo, Lamy e Sidney; Ismael.

Treinador: Agostinho Tramagal 

Substituições: Ismael por Jordão (45 + 3´), Kilombo por Beto (75´) e Lamy por Maninho (76´).

Acção disciplinar: Amarelo a Kilombo (17´), Pompo (37´) e Hélder (64´).

Ao Intervalo: 1-1