50 anos depois Armando Machado voltou ao Atlético
Por Rui Miguel Melo
Armando Machado já não se lembrava da última vez que viu o clube do coração a jogar. Agora já se lembra.
Foi este domingo que o antigo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF) reencontrou o Atlético, de Portugal, e assistiu ao vivo à partida com o Freamunde, para a Taça da Liga. Há meio século que não via as camisolas azuis e amarelas do seu clube.
«Não via o Atlético há 50 anos. Lembro-me que foi no Estádio da Tapadinha, com a Académica ou Belenenses. Não tenho a certeza. A equipa da altura? Aí, não me lembro», sorriu o presidente honorário da FAF e do Petro Atlético do Huambo.
Armando Machado não se lembra daquela equipa do Atlético, mas não esquece vários jogadores que lhe marcaram a juventude, nos tempos da tropa, em Portugal, em que todos eram do Benfica, Sporting e Belenenses, excepto Armando, um fervoroso adepto do Atlético.
E foi nas bancadas do Estádio José Gomes, na Amadora - a Tapadinha está em obras - que Armando Machado recordou a juventude.
«O jogador que mais me marcou foi o Henrique Ben David, o avançado com melhor poder de desmarcação que havia naquela altura, em Portugal. E depois lembro-me do Germano, um senhor. Foi o último grande jogador português que vi jogar», lembrou. O melhor jogo continua na memória: «3-1 ao Sporting, na Tapadinha, com dois golos do Ben David.»
A ligação ao Atlético vem de longe. Mas ao do Huambo. A avó foi uma das fundadoras do Atlético de Nova Lisboa, hoje Petro Atlético. Foi assim que Machado conheceu o Atlético português, um dos clubes mais antigos de Lisboa. Por pouco não existiu uma ligação entre ambos.
«Quando o Atlético se deslocou a Angola, quis tornar o Atlético de Nova Lisboa na filial, mas não aceitámos, porque éramos mais velhos. É pena», referiu o antigo líder da FAF, no exacto momento em que o Freamunde marcou o único golo da partida: «Foi golo. Mas pronto, como dizemos em Angola, uma vez Atlético, para sempre Atlético.»
Visita a Angola
Esta época, o Atlético português subiu ao segundo escalão, depois de vários anos nas divisões amadoras. Armando Machado sonha com o reencontro dos dois Atléticos, em Angola, mas só quando o clube português subir à 1.ª Divisão.
«Quando subir à Liga, serei o primeiro a ir recebê-los. Nesta fase ainda não. Seria um desastre. Temos grandes equipas em Angola», explica, sorrindo.
A ligação ao Atlético português, essa, ficará para sempre. De cachecol amarelo e azul - as cores do clube - ao pescoço, recorda todas as vezes que lhe perguntaram, afinal, qual era o clube do coração:
- Mas és do Atlético? Qual Atlético? Um clube da terceira divisão portuguesa?
Armando Machado já não se lembrava da última vez que viu o clube do coração a jogar. Agora já se lembra.
Foi este domingo que o antigo presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF) reencontrou o Atlético, de Portugal, e assistiu ao vivo à partida com o Freamunde, para a Taça da Liga. Há meio século que não via as camisolas azuis e amarelas do seu clube.
«Não via o Atlético há 50 anos. Lembro-me que foi no Estádio da Tapadinha, com a Académica ou Belenenses. Não tenho a certeza. A equipa da altura? Aí, não me lembro», sorriu o presidente honorário da FAF e do Petro Atlético do Huambo.
Armando Machado não se lembra daquela equipa do Atlético, mas não esquece vários jogadores que lhe marcaram a juventude, nos tempos da tropa, em Portugal, em que todos eram do Benfica, Sporting e Belenenses, excepto Armando, um fervoroso adepto do Atlético.
E foi nas bancadas do Estádio José Gomes, na Amadora - a Tapadinha está em obras - que Armando Machado recordou a juventude.
«O jogador que mais me marcou foi o Henrique Ben David, o avançado com melhor poder de desmarcação que havia naquela altura, em Portugal. E depois lembro-me do Germano, um senhor. Foi o último grande jogador português que vi jogar», lembrou. O melhor jogo continua na memória: «3-1 ao Sporting, na Tapadinha, com dois golos do Ben David.»
A ligação ao Atlético vem de longe. Mas ao do Huambo. A avó foi uma das fundadoras do Atlético de Nova Lisboa, hoje Petro Atlético. Foi assim que Machado conheceu o Atlético português, um dos clubes mais antigos de Lisboa. Por pouco não existiu uma ligação entre ambos.
«Quando o Atlético se deslocou a Angola, quis tornar o Atlético de Nova Lisboa na filial, mas não aceitámos, porque éramos mais velhos. É pena», referiu o antigo líder da FAF, no exacto momento em que o Freamunde marcou o único golo da partida: «Foi golo. Mas pronto, como dizemos em Angola, uma vez Atlético, para sempre Atlético.»
Visita a Angola
Esta época, o Atlético português subiu ao segundo escalão, depois de vários anos nas divisões amadoras. Armando Machado sonha com o reencontro dos dois Atléticos, em Angola, mas só quando o clube português subir à 1.ª Divisão.
«Quando subir à Liga, serei o primeiro a ir recebê-los. Nesta fase ainda não. Seria um desastre. Temos grandes equipas em Angola», explica, sorrindo.
A ligação ao Atlético português, essa, ficará para sempre. De cachecol amarelo e azul - as cores do clube - ao pescoço, recorda todas as vezes que lhe perguntaram, afinal, qual era o clube do coração:
- Mas és do Atlético? Qual Atlético? Um clube da terceira divisão portuguesa?
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