A Propósito da publicação de Miller Gomes “Respeito todas as opiniões, mas não posso aceitar o que vêm tentando sustentar de que não há cultura tácita nos nossos jogadores.”
A Organização Tática... Muito mais do que um "esquema", uma Cultura!
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Com frequência ouvimos jornalistas, comentaristas, publico e demais adeptos do futebol à direcionarem seus argumentos para o chamado “esquema tático”, “estrutura tática”, “sistema tático” ou qualquer outra nomenclatura do gênero, quando estes são imbuídos a falar sobre assuntos referentes à Organização Tática de uma determinada equipe.
Mas será que ao “reduzir” os problemas de ordem Tática ao “esquema” em que joga uma determinada equipe estamos a contemplar toda a complexidade inerente a este conceito?
Nesta concepção, deve-se entender a tática não como uma das dimensões tradicionais do jogo, mas sim como a dimensão unificadora que confere sentido e lógica a todas as outras, ou seja, é aquilo que regula o desenvolvimento de uma organização coletiva, sobre condicionando a variável física, técnica e psicológica, assumindo-se como modelo, cultura e linha de orientação organizacional do “jogar” De acordo com esta perspectiva, a Tática pressupõe aquilo que é o Modelo de Jogo da equipe.
Portanto, a Tática está relacionada à forma de “jogar” da equipe, ao modo como a equipe irá se comportar em cada um dos momentos do jogo (ofensivo, defensivo, transição ataque-defesa e transição defesa-ataque), com base num conjunto de regras e princípios, estes propostos pelo treinador, que irão sobrecondicionar as ações dos jogadores na partida, apresentando-se como regularidades identificadoras da equipe. Em outras palavras, quando falamos de Tática estamos tratando de uma Organização Coletiva Intencionalizada, revelando-se numa Identidade Comportamental (Modelo de Jogo).
Por isso que ao falarmos de Organização Tática, estamos diretamente nos referindo à um fenômeno que é cultural, pois estes comportamentos (princípios de jogo) que são desenvolvidos através do treino são incorporados nos jogadores de tal forma que com o decorrer do processo passam a se manifestar quase que exclusivamente por meio da esfera do inconsciente, tornam-se hábitos. Assim, a Tática assume-se como um padrão organizacional cuja funcionalidade opera por meio de regularidades comportamentais (automatismos; princípios de ação) que a identificam como equipe, sendo que este conjunto de princípios é incorporado e compartilhado por todos os jogadores e se manifestam em forma de hábitos (“Cultura”).
Contudo, dentro deste contexto o esquema tático também tem sua importância, pois este se assume como a organização Estrutural da equipe. Utilizando-se dos pressupostos da teoria sistêmica para explicar melhor esta ideia, refiro-me que a Estrutura representa o lado rígido e estático do sistema.
Transferindo esta ideia para o “jogar” da equipe, este conceito de estrutura refere-se (reduz-se) ao “sistema de jogo” (ou esquema tático) da equipe, a partir do qual resulta uma dinâmica de jogo, dinâmica está que é referente ao lado Funcional do sistema, ou seja, aos princípios de ação ou regularidades comportamentais anteriormente citados.
Assim, o que importa destacar aqui é a real ideia por trás do especto Tático de uma equipe, onde o esquema tático é parte “estruturante” do mesmo. O importante é não reduzirmos o conceito de Organização Tática para o esquema tático utilizado por determinada equipe, pois se desta forma o fizermos, estamos condenados a olhar e analisar a Tática direcionando a nossa atenção apenas para um pequeno fragmento (fractal) de um fenômeno que é extremamente complexo. Terminar dizendo que Angola é um pais Mundialista.
A Organização Tática... Muito mais do que um "esquema", uma Cultura!
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Com frequência ouvimos jornalistas, comentaristas, publico e demais adeptos do futebol à direcionarem seus argumentos para o chamado “esquema tático”, “estrutura tática”, “sistema tático” ou qualquer outra nomenclatura do gênero, quando estes são imbuídos a falar sobre assuntos referentes à Organização Tática de uma determinada equipe.
Mas será que ao “reduzir” os problemas de ordem Tática ao “esquema” em que joga uma determinada equipe estamos a contemplar toda a complexidade inerente a este conceito?
Nesta concepção, deve-se entender a tática não como uma das dimensões tradicionais do jogo, mas sim como a dimensão unificadora que confere sentido e lógica a todas as outras, ou seja, é aquilo que regula o desenvolvimento de uma organização coletiva, sobre condicionando a variável física, técnica e psicológica, assumindo-se como modelo, cultura e linha de orientação organizacional do “jogar” De acordo com esta perspectiva, a Tática pressupõe aquilo que é o Modelo de Jogo da equipe.
Portanto, a Tática está relacionada à forma de “jogar” da equipe, ao modo como a equipe irá se comportar em cada um dos momentos do jogo (ofensivo, defensivo, transição ataque-defesa e transição defesa-ataque), com base num conjunto de regras e princípios, estes propostos pelo treinador, que irão sobrecondicionar as ações dos jogadores na partida, apresentando-se como regularidades identificadoras da equipe. Em outras palavras, quando falamos de Tática estamos tratando de uma Organização Coletiva Intencionalizada, revelando-se numa Identidade Comportamental (Modelo de Jogo).
Por isso que ao falarmos de Organização Tática, estamos diretamente nos referindo à um fenômeno que é cultural, pois estes comportamentos (princípios de jogo) que são desenvolvidos através do treino são incorporados nos jogadores de tal forma que com o decorrer do processo passam a se manifestar quase que exclusivamente por meio da esfera do inconsciente, tornam-se hábitos. Assim, a Tática assume-se como um padrão organizacional cuja funcionalidade opera por meio de regularidades comportamentais (automatismos; princípios de ação) que a identificam como equipe, sendo que este conjunto de princípios é incorporado e compartilhado por todos os jogadores e se manifestam em forma de hábitos (“Cultura”).
Contudo, dentro deste contexto o esquema tático também tem sua importância, pois este se assume como a organização Estrutural da equipe. Utilizando-se dos pressupostos da teoria sistêmica para explicar melhor esta ideia, refiro-me que a Estrutura representa o lado rígido e estático do sistema.
Transferindo esta ideia para o “jogar” da equipe, este conceito de estrutura refere-se (reduz-se) ao “sistema de jogo” (ou esquema tático) da equipe, a partir do qual resulta uma dinâmica de jogo, dinâmica está que é referente ao lado Funcional do sistema, ou seja, aos princípios de ação ou regularidades comportamentais anteriormente citados.
Assim, o que importa destacar aqui é a real ideia por trás do especto Tático de uma equipe, onde o esquema tático é parte “estruturante” do mesmo. O importante é não reduzirmos o conceito de Organização Tática para o esquema tático utilizado por determinada equipe, pois se desta forma o fizermos, estamos condenados a olhar e analisar a Tática direcionando a nossa atenção apenas para um pequeno fragmento (fractal) de um fenômeno que é extremamente complexo. Terminar dizendo que Angola é um pais Mundialista.
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